Doença causa um custo médio de US$ 2,8 bilhões por safra no Brasil
O Consórcio Internacional de Pesquisa ASR Genome Consortium divulgou recentemente dados sobre dois novos genomas do fungo causador da ferrugem asiática da soja. Com isso, a ideia é pesquisar a variabilidade e a facilidade de adaptação do fungo, para poder entender suas mutações e a resistência aos fungicidas.
A ferrugem asiática da soja é uma doença causada por um fungo, e é considerada hoje uma das maiores preocupações nas lavouras. Isso porque influencia diretamente no potencial de perda de rendimento e produtividade. Ela foi identificada no Brasil pela primeira vez em 2001 e segue sendo alvo de pesquisas e monitoramentos.
Existem fungicidas específicos para controlar esse tipo de ferrugem, além de estratégias de manejo, como o vazio sanitário, o uso de cultivares e semeaduras no começo da época em que é recomendada. Vale ressaltar que, como possui facilidade para se propagar, é comum que regiões com epidemia influenciem em outros locais que cultivam soja mais tarde.
As perdas nos campos contaminados podem chegar a 80%. A recomendação geral é que seja realizado um monitoramento, principalmente nas primeiras áreas de semeadura, com canteiros para testar a germinação. Isso auxilia no controle de uma possível ferrugem asiática, além de evitar atrasos na pulverização.
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS
O clima acaba influenciando na propagação da ferrugem asiática da soja. Temperaturas abaixo de 16° desfavorecem o fungo. Já em tempos chuvosos, com muita umidade e com temperaturas mais elevadas, fungo é favorecido. Além disso, a presença de ferrugem em propriedades próximas deve ser um alerta.
SINTOMAS
É possível identificar a doença quando o terço inferior da soja fica com pontos pequenos, mais escuros que a parte saudável da folha, com cor esverdeada. O verso da folha também fica com saliências que lembram feridas.
ESTRATÉGIAS
Além do monitoramento constante, existem algumas estratégias que podem ajudar a evitar a disseminação da ferrugem asiática da soja. Respeitar o calendário de plantio é uma delas. Uma dica também é buscar cultivares que sejam menos suscetíveis ou que tenham mais resistência. O uso de fungicidas na forma correta é necessário.
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