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Milho: No mercado interno, preços continuam firmes com previsão de tempo mais seco nas próximas semanas

No Porto de Paranaguá, a saca do milho para entrega em setembro/16 subiu 3,03% e encerrou a quinta-feira (7) a R$ 34,00. Em Avaré (SP), a cotação também registrou alta, de 26,32%, com a saca a R$ 46,89. Já em Sorriso (MT), o ganho ficou em 3,23%, com a saca do cereal a R$ 32,00, enquanto que em Ponta Grossa (PR), a saca finalizou o dia a R$ 46,00, com valorização de 2,22%.

Apenas em Assis (SP), houve ligeiro recuo, de 1,21%, com a saca do milho a R$ 39,08. Nas demais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas, o dia foi de estabilidade. Enquanto isso, o câmbio, um dos principais pilares de influência aos preços finalizou a sessão a R$ 3,6937 na venda, com alta de 1,33%. Na máxima do pregão, a moeda norte-americana tocou o patamar de R$ 3,7197.

Paralelamente, o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que o mercado também tem encontrado suporte nas previsões climáticas indicando um tempo mais seco para as próximas semanas, principalmente na faixa central do país. “Esse é um momento em que as lavouras precisam de umidade e caso não haja, podemos ter um impacto na produtividade das plantações”, afirma.

O consultor também reforça que o país precisa colher uma segunda safra cheia para garantir o abastecimento interno até o primeiro semestre de 2017, com a chegada da safra de verão. “E é preciso ressaltar que boa parte da safrinha – mais de 20 milhões de toneladas – já foram negociadas, principalmente para a exportação”, completa.

Em relação às importações de milho, Brandalizze sinaliza que há grãos chegando do Paraguai e em breve mais cereal da Argentina. “Temos, portanto, um efeito psicológico e isso acaba trazendo uma pressão maior de oferta e o produtor terá que vender o cereal para fazer caixa e pagar as contas nas próximas semanas. Esperamos que os preços sejam pressionados, os agricultores irão colher e terão que vender parte da produção, pois não temos capacidade para armazenar toda a safra. Entretanto, as próximas semanas serão decisivas para a safra”, relata.

Diante desse cenário, o consultor orienta que os produtores rurais que tenham milho disponível aproveitem os preços e negociem. “Para não correr o risco de chegar no momento da colheita e as cotações recuarem”, acredita.

BM&F Bovespa

Na bolsa brasileira, o pregão desta quinta-feira também foi positivo aos contratos do cereal. As principais posições da commodity exibiram valorizações entre 0,67% e 1,98%. O vencimento maio/16 era cotado a R$ 46,31 a saca, enquanto o setembro/16, referência para a safrinha, fechou o dia a R$ 36,50 a saca, com alta de 1,19%.

Além do dólar, as especulações a respeito do clima, especialmente na parte central do Brasil também ajudaram a alavancar os preços, conforme ressaltam os analistas.

Bolsa de Chicago

O pregão desta quinta-feira (7) foi positivo aos futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Ao longo da sessão, as principais posições do cereal ampliaram os ganhos e consolidaram o 3º dia consecutivo de alta. Os vencimentos da commodity registraram valorizações entre 2,75 a 3,50 pontos. O contrato maio/16 era cotado a US$ 3,61 por bushel, depois de iniciar a US$ 3,58 por bushel.

Conforme informações reportadas pelas agências internacionais, os bons números das vendas para exportação, divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), impulsionaram as cotações. Na semana encerrada em 31 de março, as vendas de milho somaram 1.120,3 milhão de toneladas. O volume ficou dentro das expectativas dos participantes do mercado entre 800 mil a 1,2 milhão de toneladas.

No total, 945,2 mil toneladas são da safra 2015/16 e o restante, de 175,1 mil toneladas, da temporada 2016/17. No acumulado do ciclo, as vendas norte-americanas do grão totalizam 31.823,7 milhões de toneladas, 14% a menos do que o registrado no mesmo período do ano anterior. Ainda hoje, o USDA também reportou a venda de 145,544 mil toneladas de milho ao Japão. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2015/16.

Por outro lado, com o início do plantio em algumas localidades nos EUA, o foco dos investidores passa a ser o comportamento climático no país. E, pelo menos por enquanto, as previsões climáticas indicam tempo mais frio no Centro-Oeste do país na próxima semana, o que pode retardar o início do plantio de primavera, conforme informações reportadas pelo site Farm Futures.

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